Tem-se dito que a marca do grande artista é a sua
capacidade de inovar, rompendo barreiras antes intransponíveis. No mundo mágico
do circo, nunca alguém inovou tanto quanto o
grande “George Savalla Gomes”, o nosso palhaço Carequinha – patrimônio
vivo da Cultura Nacional. É por isso que dentre uma constelação de palhaços
famosos ( leiam-se Pirolito, Arrelia, Piolim, Toledo, Tim Davis, Xicuta, Pirolé,
Xixinelo e Fedegoso ), nenhum brilhou tanto quanto ele.
Que o diga o sucesso que fez como primeiro
artista circense a comandar programas de Televisão!. Que o digam os vinte e
seis discos que gravou, e os filmes que
fez, dos quais foi protagonista!.
São verdadeiras obras-primas da música
infanto-juvenil as suas cantigas de
roda. Nas asas delas tanta gente ainda
viaja. Afinal, quem é que consegue não voltar à infância ouvindo pérolas,
como: Samba Lelê, Escravos de Jô, Marcha
Soldado, e o Sapo Cururu?
De fato, o Carequinha foi um raro exemplo de artista que soube iludir o Tempo com sua alegria de viver.
Alcançou várias gerações de espectadores , com a mesma lucidez de um ávido
estreante. Nasceu no circo. Viveu para o circo. A História do circo nacional se
confunde com a dele, formando ambos um só contexto.
Esse prolífero artista, nascido em Rio
Bonito, em 1915, preferiu estabelecer
residência em São Gonçalo, cidade que o adotou de braços abertos como um dos
seus filhos mais ilustres. Infelizmente, em 05 de abril de 2006, aos 90 anos, o grande palhaço Carequinha veio
a falecer, deixando um vazio no mundo circense que, com certeza, jamais será
preenchido com igual maestria.
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