A poesia é um
tempo em disparada.
O tempo corre
& voa e não se afasta
jamais de nós – nós que somos nada,
nada-essência
de carne que se arrasta.
O poeta marca
o tempo em sua estada
efêmera no
mundo... isto lhe basta...
Confunde-se
conosco nesta estrada,
enquanto o seu ofício se contrasta.
Cria o poeta seu ritmo; e esse criar
é fogo que o
consome a cada dia,
bruscamente,
na pressa de se dar
ou de
encontrar a vida que perdemos
no
faz-de-conta puro da poesia,
e de outros
elementos que não vemos.
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