na casa dos oitenta, há tempos evocamos
nossa existência em flor - a flor da mocidade,
por isso acorda em nós uma alegria, e amamos.
Revivemos assim, sem excessos nem nada,
aquela fase azul em que a gente crescia:
tu, moça, alegre e forte, a ouvir minhas poesias,
eu, moço glabro, a andar, cantando pelas estradas.
E pela mesma estrada acessível de outrora
buscamos compreender a mocidade agora,
em cada gesto a mais de sua gulodice.
Incorporados Nela ousamos mais um pouco:
tu, ainda tão firme, eu, um poeta louco
redescobrindo a vida ao longo da velhice.
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