Sabe-se que o tráfico de animais
silvestre no mundo fomenta um comércio muito lucrativo e cruel, que só perde
para o tráfico de drogas e de armas. Estima-se que esse tipo de comércio
movimente anualmente mais de 10 bilhões de dólares em todo o mundo.
E o que dizer do Brasil? Bem,
divido à sua riquíssima biodiversidade, o Brasil também não foge á regra, e é
um dos principais alvos de quem pratica essa atividade ilegal; tanto é verdade
que só nesse país o tráfico de animais movimenta algo em torno de 10% a 15% do
comércio mundial, ou seja, cerca de 1,5 bilhão de dólares por ano.
Ademais, outro dado preocupante,
é que de cada 10 animais traficados, só um sobrevive, pois nove morrem antes de
chegar ao seu destino final devido aos maus tratos a que são submetidos durante
as fases de captura e transporte. Muitos são sedados para não despertar a
atenção das autoridades e transportados em condições impróprias, além de outros métodos cruéis. E o pior é que os
animais que se encontram em risco de extinção ( como a arara-azul, o
macaco-aranha, a ariranha, a tartaruga de couro e o mico-leão dourado, entre
outros ), também fazem parte dessa estatística.
Geralmente os principais pontos
de destino desses animais são os Estados
Unidos, a Ásia e a Europa, onde costumam estar os grandes compradores:
laboratórios de pesquisa para a fabricação de medicamentos, colecionadores
particulares e zoológicos.
SOLUÇÃO
Diante desse quadro, sabemos que
governos e organizações não governamentais
unem suas forças para combater o tráfico de animais silvestres; e
conseguem, até certo ponto, minimizar os seus efeitos. Porém esse combate até o
presente momento parece insuficiente para inibir a ação dos traficantes que, em
razão de leis muito brandas, como ocorre no Brasil, quando são presos em flagrante,
simplesmente pagam fiança e respondem o processo em liberdade.
Mas também entendemos que é com
atitudes individuas que nós, cidadãos de bem, poderemos fazer a nossa parte,
nos recusando a comprar animais silvestres sem origem legal e denunciando esta
prática ilegal às Autoridades. Portanto, não resta dúvida de que apenas somando os nossos
esforços, é que nós, enquanto sociedade, poderemos um dia, quem sabe, desestruturar
esse tipo de crime e, assim, ter
melhores condições de combatê-lo.